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Conferências Virtuais TeMA 2025
Ciclo de conferências virtuais 2025 da TeMA.
É com imensa satisfação que a TeMA dá início a mais uma série de conferências virtuais com renomados pesquisadores de nosso país, entre os meses de abril a junho. A palestra inaugural, no dia 16 de abril (quarta-feira) às 19h, será ministrada por Daniel Quaranta, que apresentará seu livro mais recente, “Seminários Dispersos em Criação Musical - reflexão de cinco compositores brasileiros: Jocy de Oliveira, Tatiana Catanzaro, Silvio Ferraz, Arthur Kampella e Edson Zampronha”.
Palestra e lançamento do livro “Seminários Dispersos em Criação Musical - reflexão de cinco compositores brasileiros: Jocy de Oliveira, Tatiana Catanzaro, Silvio Ferraz, Arthur Kampella e Edson Zampronha” 16/04/2025 às 19h (Quarta-feira)
Gravação YouTube: https://youtube.com/live/8qbJrc0UGzg?feature=share
Daniel Quaranta (UNIRIO)
14/05 - 19h Cassiano Barros (UFRN)
“A teoria musical na Bahia do século XVIII - as ideias de Caetano de Melo de Jesus”. O tratado Escola de Canto de Órgão (1759-1760), do mestre de capela baiano Caetano de Melo de Jesus é um dos poucos dedicados à teoria musical produzidos em terras brasileiras no século XVIII a chegar preservado e “quase inteiro” no tempo presente.
Gravação no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=2-C_q3ZNT8k
Cassino Barros (UFRN)
Sobre o Livro “Seminários Dispersos em Criação Musical” (prólogo da Carole Gubernikoff):
“Este é um livro raro! Raro pela temática e raro pela generosidade. Daniel Quaranta, compositor, pesquisador e estimulador de grupos, é uma pessoa que se envolve com a música e com as pessoas. Seu enorme interesse e extensão de conhecimentos e de experiências em diferentes partes do mundo, concentram-se principalmente nas cátedras universitárias e nos centros de pesquisa sonora no Brasil, na Argentina e no México. De todos esses lugares, nos quais criou e desenvolveu laços estéticos e afetivos, ele generosamente compartilha e traz para o convívio de seus amigos, colegas e alunos. Não é apenas um compositor e pesquisador, mas um criador de laços produtivos. Este livro tem esta característica principal: além de sua avaliação das obras de autores da música contemporânea brasileira e da troca de experiências, estabelece um diálogo em que gavetas vão se abrindo para o conhecimento e para a sensibilidade. A autoria deste livro está generosamente compartilhada com seus estudantes, que acabam por se envolver e colaborar com questões singulares, expandindo o universo dos sentidos musicais: Pedro Leal David, Rodolfo Santos. Além destes jovens aprendizes de estética e pesquisa musical, o público de leitores, sejam músicos, compositores ou curiosos das questões estéticas da música contemporânea, têm muito a ganhar. Podemos considerar as convergências que encontramos na lista de compositores ativos e extremamente produtivos que Daniel Quaranta selecionou para esta primeira coletânea. Todos têm o som como objeto estético. Todos se servem da eletroacústica para ampliar seus recursos expressivos e fazem parte de gerações de compositores implicados com a vida acadêmica e a formação de jovens compositores. O livro apresenta a reflexão de cinco compositores brasileiros. São esses: Jocy de Oliveira, Tatiana Catanzaro, Silvio Ferraz, Arthur Kampella e Edson Zampronha.”
Sobre o autor
Daniel Quaranta é compositor e trabalha no âmbito da música atual, tanto eletroacústica quanto instrumental. Nasceu na Argentina e se radicou no Rio de Janeiro em 1995. Fez um Bacharelado em Composição pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO, 2004), graduação pela Universidad del Salvador (Buenos Aires, 1991), mestrado em Música pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ, 2002) e doutorado em Música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO, 2007). Entre 2014/15 realizou uma estância PósDoutoral no Centro Mexicano para la Música y las Artes Sonoras, (CMMAS, 2014/15 com bolsa da Capes). É professor da UNIRIO - Universidade Federal do Estado de Rio de Janeiro-. Participa no Programa de Pós-Graduação em Música da UNIRIO. Em 2003 até 2005 criou o grupo EXPERIMENTA, no Rio de Janeiro, realizando inúmeros concertos e participações em espaços instalativos junto a compositores e instrumentistas. Em 2009 até 2013 criou o Encontro Internacional de Música e Artes Sonoras – EIMAS-, organizado inúmeros concertos e palestras, promovendo o circuito de nova música na Universidade Federal de Juiz de Fora.
Tem atuando principalmente em áreas de Composição Musical, Análise e Teoria Musical. As suas obras foram publicadas em editoras da Alemanha, do Brasil e do México. Em 2014 organizou o livro “Dez olhares sobre a Música de Hoje” e em 2017 organizou o livro: Creación Musical e Investigación Académica, editado no México (https://cmmas.org/store/products/product_detail/2043). Como compositor, tem a sua obra apresentada em diferentes cenários do pais e do exterior, participou . Atua na Red de Arte Sonoro Latinoamericano onde participou de tres CDs. Em 2017 gravou o CD “ENCONTRI” na Italia. Em 2009 e 2004 ganhou o premio Reina Sofia, de Espanha. Em 2015 recebeu uma encomenda com motivo dos festejos dos 450 anos da fundação da cidade de Rio de Janeiro. Seu trabalho foi contemplado pelo programa de bolsas IBERMUSICAS em 2017 e 2019 para Composição Contemporânea e Turnê. Realizou inúmeras residências como compositor convidado como Dias de Música Eletroacústica 2015/17, 2012/14/15 no CMMAS, 2018 no ICST (Institute for Computer Music and Sound Technology) da Zurich University of the Arts. Em 2019 nos estudios Métamorphose D”Orphée, na Bélgica.
A teoria musical na Bahia do século XVIII - as ideias de Caetano de Melo de Jesus Resumo: Entre 1759 e 1760, o mestre de capela da catedral da Bahía, Caetano de Mello de Jesus, concluiu a manuscritura dos dois primeiros volumes de seu tratado intitulado Escola de Canto de Órgão, um texto extenso, em língua portuguesa, projetado para o ensino dos preceitos da música religiosa de sua época. Ele nos apresenta uma teoria essencialmente especulativa, que relaciona a música a uma metafísica de orientação político-religiosa, especificamente católica e lusitana. Dessa relação, a música cobra sentido, fundamento e justificação, tanto como fenômeno acústico, quanto como fenômeno social. Trata-se de um texto muito rico em informações e referências que, de forma muito generosa, nos apresenta um amplo horizonte de sentido, que ilustra o diálogo dos músicos da colônia com os pensamentos e práticas musicais da metrópole e de outros territórios, assim como expõe a força do processo de aculturação que se impôs na colonização brasileira. Nesta palestra, abordarei aspectos relativos à origem, aos efeitos e virtudes da Música, e a relação dessas ideias com os preceitos de teoria musical.
Sobre o palestrante:
Cassiano Barros é bacharel (2001), mestre (2006) e doutor (2011) em Música pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP e licenciado (2017) em Artes pelo Centro Universitário Claretiano. Tem experiência na docência no Ensino Superior e na Educação Básica, no ensino de Artes e na formação de músicos e professores de música. Dedica-se principalmente ao ensino e à pesquisa, com ênfase nas áreas da Musicologia Histórica e da Teoria Musical. Realizou estágio pós-doutoral na Universidade de São Paulo - USP e na Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, nesta última com apoio da Capes. É autor do livro Uma chave para a Música do século XVIII (Appris, 2019), organizador do livro Teorias, Poéticas e Práticas da Música Antiga (CRV, 2021), do dossiê homônimo publicado pela revista Art Research Journal (ANPPOM, 2023) e do dossiê Música e Retórica no Antigo Regime, em fase de publicação pela revista Diálogos Sonoros (UFRN, 2025). Desde 2023, é professor da Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN e líder do Grupo de Pesquisa Música Antiga em Perspectiva. Atualmente, exerce a função de vice coordenador do Curso de Licenciatura em Música da UFRN, coordena o Subprojeto Música do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID/CAPES – UFRN, é coordenador adjunto e regente do Madrigal da UFRN e conduz o projeto de pesquisa intitulado Estudo das teorias e poéticas musicais lusitanas e brasileiras dos séculos XVI, XVII e XVIII.
Sobre os debatedores:
Maya Suemi Lemos (UERJ/UNIRIO)
Professora associada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ; docente permanente do Programa de Pós-Graduação em História da Arte da UERJ (PPGHA/UERJ) e do Programa de Pós-Graduação em Música da UNIRIO (PPGM/UNIRIO); Mestre e Doutora em História da Música e Musicologia pela Université de Paris IV – Sorbonne; Licenciatura em Educação Artística, Habilitação em Música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, UNIRIO. Suas pesquisas têm ênfase atualmente nos processos de agência e mediação em artes e música, com foco na Primeira Época Moderna.
Luiz Henrique Fiaminghi (UDESC)
Luiz Henrique Fiammenghi, nome artístico Luiz Fiaminghi, é doutor em música e graduado em composição pela UNICAMP. Professor associado na Faculdade de Música da UDESC - Universidade Estadual de Santa Catarina, especializou-se em interpretação de música barroca e violino barroco na Holanda (Conservatório de Utrecht e Conservatório de Rotterdam) com bolsa do CNPq. Possui especialização “Latu Senso” em Cultura e Arte Barroca pelo Instituto de Filosofia Artes e Cultura da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) com a monografia “Violino e Retórica”. É diretor do grupo ANIMA onde atua como rabequeiro, arranjador de protutor musical.